Capital social, participação local e “empowerment” são termos intimamente relacionados com o conceito de desenvolvimento sustentável. Este é definido por Serageldin (1996) como “um processo através do qual as gerações futuras recebem tanto ou mais capital do que aquele que a presente geração tem disponível”. Porém, os três tipos de capital em que esse processo assenta - (1) natural, (2) produzido e (3) humano - apenas contribuem parcialmente para a efectivação daquele processo, uma vez que não é considerada a forma como os actores sociais se organizam e interagem entre si para promover o desenvolvimento. Assim, é preciso acrescentar um quarto tipo de capital, o CAPITAL SOCIAL. Este é um valor decorrente do grau de coesão social existente nas comunidades e é constituído por redes sociais com normas, valores e compreensões partilhadas que facilitam a cooperação intra e inter grupos, cujo potencial é canalizado para realizações em prol da colectividade e dos elementos que a integram.

Nesta abordagem recorre-se ao exemplo do Conselho de Cidadãos da freguesia de Nossa Senhora de Machede (concelho de Évora, Alentejo Central), o qual configura uma interessante prática de participação, “empowerment” e utilização do capital social.