O objetivo desta comunicação é descrever os efeitos do tipo de urbanização verificada na maior metrópole da América do Sul, São Paulo, propondo indicadores para suas vulnerabilidades ambiental e habitacional. Admite-se que o processo de desenvolvimento econômico brasileiro causou intenso e veloz movimento migratório campo-cidade sem que ocorresse a concomitante oferta de infra-estrutura urbana e habitações, o que resultou em assentamentos precários e com impactos ambientais e sociais bastante significativos. Foram criados dois índices: o Índice de Vulnerabilidade Habitacional (IVH) e o Índice de Vulnerabilidade em Infra-Estrutura e Meio Ambiente (IVIMA) que, através de dados da pesquisa amostral do Censo de 2000.
O resultado da sua análise demonstra que há uma relação bastante forte entre a degradação do meio ambiente e as deficiências na infra-estrutura urbana e na habitação. Os efeitos do crescimento acompanhado da desigualdade alertam para as dificuldades do planejamento urbano, sobretudo em regiões periféricas ao capitalismo mundial, sob pena de verem-se ampliadas as disparidades sociais e ambientais.
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